terça-feira, 17 de abril de 2012

Relacionamentos - Arnaldo Jabor

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah,terminei o namoro...
- 'Nossa,quanto tempo?'
... - 'Cinco anos... Mas não deu certo...acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico; que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate... se joga... se não bate...mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria compania?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte.
Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?
FATO !
Arnaldo Jabor

Beleza e Auto-estima - Marco Antonio De Tommaso

"Os ideais de beleza feminina torturam as mulheres do mundo todo, principalmente as brasileiras. Somos privilegiados por praias, clima, sol, etc. E também pelo descontentamento de nossas mulheres em relação à beleza. Segundo a pesquisas diversas, o índice de insatisfação de nossas mulheres em relação à percepção da própria beleza é elevadíssimo!
Inúmeros estudos focam o conceito. Não há consenso a não ser num tópico: é a presença da autoestima que pesa na percepção da própria beleza. Mulheres mais satisfeitas com outras áreas da vida são mais indulgentes na avaliação da própria aparência. O ingrediente principal, mais do que medidas, cor de olhos ou cabelos, é a presença de uma sólida amizade para consigo mesmo. Gostar de si mesma de forma incondicional! Por incondicional não devemos entender uma “aceitação passiva”, mas a aceitação do próprio corpo com qualidades e defeitos, como ele é, minimizando os defeitos e ressaltando as qualidades. Valorizando o que tem e não lamentando o que não tem! Uma auto-aceitação “ativa”!
A beleza é algo mais complexo do que o espelho mostra. É muito mais a leitura que a mente faz dessa imagem. E a auto-estima é fundamental nessa leitura. É ela quem potencializa a beleza, que faz com que ela “renda”! Sem essa condição interna a mulher pode melhorar consideravelmente sua imagem e continuar se sentindo feia ou, no mínimo, não usufruindo os benefícios da mudança. Mesmo admirada pelos outros continuará não se gostando. Continuará temendo a beleza, sem desfrutá-la!
A busca desenfreada da “perfeição”, impossível de ser atingida, reflete sério comprometimento da auto-estima. Habitualmente reflete mecanismos compensatórios para sentimentos de inferioridade que não tem base na estética, mas em conflitos interiores, e que não serão resolvidos pela estética apenas, mas pela psicoterapia. Difere da vaidade, onde a beleza é um meio de se sentir mais feliz. Reflete um estado patológico, insaciável, onde se torna um fim em si mesma.
Não há beleza absoluta. A beleza é basicamente diversidade, originalidade, individualidade. MUITO BEM REGADA PELA AUTO-ESTIMA!!"

Dr. Marco Antonio De Tommaso
• Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
• Atuou no Amb de Ansiedade do HC USP
• Credenciado pela Assoc Brás para Estudo da Obesidade
• Psicólogo das Agências Elite e L’Equipe de Modelos
• Consultor da Unilever – Dove na campanha pela real beleza.
Contato: tommaso@terra.com.br

Aquisição da Auto-estima - Marco Antonio De Tommaso

AUTOESTIMA : AQUISIÇÃO
Autoestima é a maneira pela qual uma pessoa se sente em relação a si mesma. O que pensa e como se comporta consigo própria. O quanto se quer bem.

Influencia tudo o que fazemos. É ingrediente primordial do sucesso e da saúde mental. A partir dela construímos nossas referências, desenvolvemos ou não nossos atributos.

É adquirida por aprendizagem. Pela interiorização de nossa educação. A criança aprende desde cedo a se ver como pessoas importantes em sua vida a vêm. O ingrediente básico é o amor e aceitação incondicionais dos pais. “Incondicional” não quer dizer “passivo”. Significa que a criança deve ser (e perceber que é) amada porque existe e não porque é boa aluna, atleta ou bonita.

A auto-estima se desenvolve desde a concepção. Crianças que nascem em lar harmonioso, onde os pais se querem bem e tem confiança em si, já garantem uma vantagem.

Logo após o nascimento a criança colhe e registra impressões não verbais de amor e carinho, via contato físico, através dos sentidos. Antes das palavras, o sensível radar infantil registra impressões generalizadas sobre si mesma. Sente se é carregada com carinho, se sua fome é respeitada, o toque, movimentos corporais, expressões faciais, tom de voz.

Muito sensível ao estado emocional da mãe, estabelece comunicação não verbal com ela. Sem compreender o sentido das palavras, sente (ou não!) sua receptividade afetiva. As primeiras experiências ensinam ao bebê se ele merece ou não atenção. Os primeiros contatos com a mãe lançam as bases para a construção da sua auto-estima, para todas as relações de sua vida criando os alicerces de uma visão positiva de si mesma.

Por volta dos dois anos ocorre a aquisição do comportamento verbal. A criança adquiriu a linguagem e se comunica através dela. Os pais e especialmente a mãe são vistos como “infalíveis”. O que dizem “é o que ele é” e a criança não questiona a mensagem. Se disserem que ela “é má” então é verdade! “O que dizem é o que eu sou”.

O amor incondicional dos pais levará a aceitação incondicional, inclusive de suas fraquezas, e também à educação adequada. Aceitar o que não pode ser mudado, empenhar-se em melhorar aquilo que pode. Reconhecer os dois casos. Educar colocando limites, que significam segurança. Atentar para o princípio de realidade: “o que pode, pode! O que não pode, não pode!” Aceitar o erro, mas empenhar-se em corrigi-lo sem identificar a criança com ele. Considerar o erro como algo externo a ela e como oportunidade de aprendizado. Fazer “com ela” mas não “por ela”. Superprotegê-la é tirar-lhe a chance de adquirir anticorpos para a vida. Fazê-la ver que perfeição não existe, que todos erramos, embora procuremos fazer sempre o melhor.

Finalmente, lembremo-nos que os pais são modelos de comportamento para os filhos. Ações valem mais do que palavras.”Faça o que eu digo E o que EU FAÇO, senão o que eu disser não terá validade”. Para “lecionar” amor e aceitação é preciso que nos queiramos bem e nos aceitemos. Que sejamos “nosso melhor amigo”e nos sintamos merecedores da felicidade. A auto-aceitação dos filhos é diretamente proporcional à auto-aceitação dos pais.


Dr . Marco Antonio De Tommaso
Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
Atuou no IPQFMHCUSP
Credenciado pala Assoc Bras para Estudo da Obesidade
Consultor da Unilever – Dove de 2004 a 2010
Psicólogo da Agência L’Equipe de modelos
Articulista da revista Boa Forma "No Divã"
Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br
11 – 3887 9738
www.tommaso.psc.br
tommaso@terra.com.br