quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Maturidade na Relação a Dois - Artigo Folha de Londrina

Todos nós viemos de uma relação de um homem e uma mulher. Através desta relação a vida é passada adiante. Por isso na relação de casal estamos mais profundamente conectados com aquilo que leva o mundo adiante e o dirige. Essa força atua na relação de casal de forma especial. O que mantém a relação a dois coesa é a consumação sexual do amor. Ela nos conecta profundamente com essa força, por isso também é algo espiritual. A relação de casal é o que mais nos molda. Somos educados através dela. Nela renunciamos passo a passo a nossas ilusões e, exatamente por isso, estamos ligados a algo maior. E esta ligação é alcançada concordando com as diferenças como elas são. Despedindo-se da idéia de uma coisa ser certa e outra pior ou errada. Nós nos desenvolvemos à medida que reconhecemos, no decorrer do tempo, que aquilo que a princípio consideramos adverso é diferente sim, porém possui o mesmo valor. O homem é diferente da mulher e vice-versa. Os dois necessitam reconhecer que são incompletos. Eles se tornam completos através da relação de casal , ao reconhecerem que o outro, apesar de diferente, possui o mesmo valor e está a mesma altura. Desta forma desistem da idéia de ser um melhor que o outro. Neste momento os dois se tornam humildes, reconhecendo os seus limites, podem se unir a uma totalidade maior. Então podem vivenciar o relacionamento como algo preenchido e completo.

O amor entre parceiros exige a renúncia ao nosso primeiro e mais profundo amor, o amor por nossos pais. Somente depois que o apego do menino - afetuoso ou rancoroso - à mãe se resolve pode ele dar-se plenamente à parceira e ingressar na masculinidade. Também o apego da menina ao pai deve resolver-se antes de sua entrega ao parceiro e sua transformação em mulher. A união bem-sucedida exige o sacrifício e a substituição de nossos antigos vínculos com os pais - os do menino com a mãe, os da menina com o pai. O menino viveu sua infância sobretudo dentro da esfera de influência da mãe. Se continuar ali, esta influência permeará sua mente e ele privilegiará o feminino. Sob o domínio da mãe, poderá tornar-se um grande sedutor e amante, um "don-juan", mas jamais será um homem que aprecie e respeite as mulheres ou mantenha um relacionamento afetivo duradouro. Também não será um pai forte e dedicado para seus filhos. Ele deve renunciar ao primeiro e mais entranhado amor de sua vida - a mãe - passando para a esfera de influência do pai. Na nossa cultura, os rituais formais que antes sustentavam esse processo de passagem da mãe para o pai, desapareceram. Dessa forma passar da esfera da mãe para o pai costuma ser um passo doloroso e difícil. Mesmo o serviço militar, que poderia ajudar o menino a deixar de ser o típico "filhinho da mamãe" deixou de ser viável para muitos jovens.

A menina também ingressa na vida sob a influência da mãe, mas chega um momento na infância que o pai a fascina e, se tudo vai bem, ela consegue a arte de atrair os homens na firme segurança do amor paterno. Se, porém, permanecer nesta esfera, a da influência paterna, passa a ser a "garotinha do papai". Pode amar alguém, mas não alcança a maturidade plena da mulher; tem dificuldades para se relacionar em igualdade de condições com um parceiro, tem a sensação de ser superior, de ser a mais poderosa da relação e também pode não conseguir ser uma mãe generosa e dedicada. Ela não admira muito o companheiro, acha que poderia ter um homem mais ativo, mais seguro e independente ao seu lado. Pode inconscientemente, oprimir o homem para se sentir segura. Mas, ao mesmo tempo, fica infeliz por não admirar o paceiro. Para tornar-se mulher, a menina precisa "abandonar" internamente o primeiro homem de sua vida - o pai - e reaproximar-se de sua mãe.

Margareth Alves, psicóloga e terapeuta familiar.

Livros sobre relacionamentos

Homens são de marte, mulheres são de vênus

Este livro pode ser considerado a bíblia dos relacionamentos! De leitura obrigatória para todos os homens e mulheres que sonham em ter um relacionamento saudável e duradouro. Que homens e mulheres são diferentes todos nós sabemos. Mas a grande questão é como reduzir as diferenças e lidar com elas da melhor maneira possível.
Por: John Gray


Será que a gente combina?

Será que seu parceiro ouve e entende o que você diz?
Será que os defeitos dele, que atualmente parecem tão insignificantes, não vão se tornar insuportáveis com o passar do tempo?
Este divertido livro vai ajudar você a responder a essas e a muitas outras perguntas. Com mais de 20 testes e questionários, ele esclarece alguns dos pontos que mais causam desentendimentos entre homens e mulheres, como o sexo, o romantismo, a sogra, a mentira e a falta de comunicação.
Por: Allan Pease e Barbara Pease


O amor companheiro: a amizade, dentro e fora do casamento

Este livro fala sobre a amizade, esse verdadeiro porto seguro da nossa emoção.Para suportar os momentos difíceis e dividir sonhos, a amizade e boa interação do casal é fundamental.
Por: Francisco Daudt da Veiga


Por que os homens mentem e as mulheres choram?

Por que os homens mentem? Por que eles acham que têm de estar sempre com a razão? Por que evitam se comprometer? E as mulheres, por que choram para conseguir o que querem? Por que insistem num assunto até a morte? Este livro é uma preciosa oportunidade para você eliminar um pouco do sofrimento, da angústia e da confusão da sua vida, aprendendo a se mover no labirinto dos relacionamentos e a identificar pistas escorregadias, curvas traiçoeiras e becos sem saída. Não perca a oportunidade de ler mais sobre o sexo oposto, entender suas atitudes e ter relacionamentos saudáveis!
Por: Allan Pease e Barbara Pease


Mulheres que amam demais

Esse assunto já foi tema de novela do Manoel Carlos. Quem não se lembra do papel enlouquecido da Giulia Gam, que por amar demais acabou destruindo seu relacionamento? Muitas mulheres sofrem do mesmo mal, mas só percebem isso tarde demais. A autora, terapeuta de casais, mostra como perceber os comportamentos destrutivos em uma relação e evitá-los.
Por: Robin Norwood


Ele simplesmente não está a fim de você

Sabe por que ele não apareceu naquela noite tão especial? Por que disse que não teve tempo de comprar seu presente de aniversário? Por que não conseguiu um momento vago na agenda para telefonar? Por que inventou aquela desculpa tenebrosa? Por que repetiu tantas vezes que não quer manter um relacionamento sério? Ou que não consegue ser monógamo e por este motivo traiu você? E você, bem, você tem sempre uma desculpa, a pior de todas, na maioria das vezes, para justificar as atitudes dele e o que é mais grave, perdoá-lo.
Por: Greg Behrent, Liz Tuccillo


Do que os homens gostam

As vezes parece que você nunca vai entender a mente dele? Então esse livro é um ótimo começo para desvendar esse misterioso mundo masculino... E você vai se espantar ao ver que é bem mais simples do que imaginamos.
Por: Laura Schlessinger


Como sobreviver à perda de um amor

Seu relacionamento acabou? A pessoa que você ama não corresponde? Esse livro é ideal para você, pois apresenta estratégias simples, úteis e inspiradoras para superar a dor de uma perda. Segundo os autores, ao enfrentar uma perda, o corpo sofre o mesmo processo que num ferimento físico. Precisamos aceitar esse processo, confiar nele e ter certeza de que a dor vai passar e, quando passar, nós seremos mais fortes, felizes, sensíveis e conscientes.
Por: Harold H. Bloomfield, Peter Mcwilliams, Melba Cogrove


Ciúme: o Medo da Perda

Este livro é uma biblia do ciúmes. Se você é ciumenta(o) ou tem um namorado(a) ciumento(a) vale a lida. O ciúmes para muitos é uma representação do amor, porém em excesso é destrutivo. Aprenda como lidar com esse sentimento e as razões de sua existência.
Por: Eduardo Ferreira Santos


Aprendendo a conviver com quem se ama
Os relacionamentos são a experiência mais importante de nossa vida. Nós nos relacionamos o tempo inteiro com a família, com os amigos, com o trabalho e com nós mesmos. Nada nos dá tanta alegria quanto conviver com quem amamos. Mas também não há nada tão complicado e doloroso. Este livro tem o objetivo de nos ajudar a construir relações mais sólidas e harmoniosas.
Por: Neale Donald Walsch


Amores que nos fazem mal

Todas as pessoas deveriam ler esse livro: um guia para "reaprender a amar"! Através de muitos exemplos, a autora nos aproxima muitas vezes de realidades dolorosas, onde o amor é doente. Leitura obrigatória para entender se o seu relacionamento é saudável ou doentio.
Por: Patricia Delahaie


A alquimia do amor e do sexo

Este livro é uma obra sobre o tantra, a sexualidade e a espiritualidade no sentido pleno, de amor sagrado. Muitas vezes nos frustramos no amor justamente por não saber o que de fato esperamos dele. E esse livro nos faz refletir sobre o que de fato esperamos dos relacionamentos amorosos.
Por: Lee Lozowick

Fonte: Portal do Amor

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cuidando de sua criança interior - Margareth Alves

As crianças têm um potencial inato para serem espontâneas, esperançosas, otimistas. Encantam-se com facilidade, experimentam e criam. São naturalmente orientadas para o prazer e para a vida. Porém, quando feridas em seus afetos e não atendidas nas suas necessidades básicas de amor, atenção, segurança e limites, embutem estes potenciais e crescem contaminadas pelo medo de repetir dores e carências, influenciando na manifestação de suas emoções e no rumo de suas vidas.
Se as emoções forem bloqueadas, por experiências difíceis na infância irão influir negativamente na capacidade e desempenho da inteligência, memória, atenção, na liberdade de sentir naturalmente a vida, na capacidade de amar e de ser mais feliz.

Sendo feridas, as crianças vão desenvolvendo mecanismos de defesa para atenuar a dor e para se adaptarem ao meio em que vivem e crescem, porém, geralmente defendidas. Podem crescer repletas de "vícios", negando a realidade de sofrimento, esquecendo-se da infância, minimizando sentimentos, racionalizando a história. Os vícios tornam-se formas alternativas de sentir-se vivo. Vícios de drogas, de trabalho, de comer muito, de sexo, de ter coisas, de pensar muito, de não dizer não. Vícios de doenças, somatizações, pânicos. Outras formas são transferir o sentir para o outro: é viver através do outro. E finalmente podem se sentir contaminados por uma sensação de vazio, de falta de sentido. Assim se distraem da dor original.

Experiências difíceis, dolorosas de grande duração criam crenças e condicionam reflexos inconscientes a cada ameaça de se repetirem. Assim os adultos, ao interagirem com novas pessoas e novos afetos além dos familiares de origem, podem trazer de volta sensações mal identificadas de sua história e projetá-las em seus relacionamentos atuais. Assim se criarão cenas com máscaras e personagens diferentes da infância porém tendendo a repetí-las quanto ao tema dos dramas pessoais já vividos.
A natureza nos mostra que ao lavarmos uma ferida, brota "sangue novo" que traz fatores adequados para cicatrização. Por isso, primeiramente é preciso "tocar", entrar em contato com a própria história e reconhecer seus sentimentos, ressentimentos e necessidades.

Todos nós fomos crianças, e esta criança não se apagou no esquecimento, a ponto de nunca mais termos notícias dela. A criança continua a viver dentro de nós, afetando positivamente ou não tudo o que fazemos e sentimos.

Cada um de nós carrega em seu íntimo uma eterna criança, uma série de sentimentos e atitudes trazidos da infância que permanecem vivos, não importa o quanto o tempo já tenha passado. Nossa criança interior nos leva a encarar a vida de um modo de certa forma distorcido. Nossa mente racional de adultos dá-nos uma avaliação inteligente da situação, ao passo que a criança interior enxerga as mesmas circunstâncias através do contexto emocional de experiências passadas. A nossa cultura, de forma geral, acredita que deixamos de ser criança e passamos a ser adultos para sempre. Essa ilusão torna difícil para muitas pessoas lidarem com a sua vida emocional. A exigência de nos comportarmos como adultos implica que teríamos que descartar qualquer coisa construída em termos de comportamento infantil.

Para falarmos da criança interior é necessário que partamos do adulto atuante e de todos os seus relacionamentos, dentro do emaranhado de emoções a que nos ligamos no dia-a-dia. Quantas barreiras de intimidade, quantos mecanismos de defesa acionados para podermos viver e tentar nos relacionar? Quantos não são os momentos ou situações em que nos deparamos com atitudes estereotipadas ou exageradas? Que tipo de carências ou situações mal-resolvidas nos impelem a relacionamentos com pessoas erradas? Por que sentimos tanto medo, raiva, culpa, esta confusão de emoções? Em que momento de nossa vida ficou marcada essa fragilidade, esse sentimento de desvalia e rejeição? Em que ruas de nossa vida ficou a criança alegre e destemida que não encontramos mais? Quantas lágrimas estes olhos choraram e quantas represaram que acabaram por envelhecer?

Tantas foram as carências que fizeram com que nos viciássemos em comida, bebida, drogas e em quantos braços não tão propícios fomos aquecer nossa criança ferida. Quantos não foram os momentos em que, apesar das boas aparências, não houve solidão ou depressão? Quantas crianças carentes e desencontradas existem dentro de nós? Em quantos momentos de nossa vida a energia não foi bloqueada? Vários são os momentos de questionamento, ao qual damos o nome de crise existencial. Momentos em que alguma coisa muito importante falta dentro de nós, quando sentimos saudade de algo que parece que conhecemos, mas de que não nos lembramos mais.

Ficamos como que imersos dentro de nós mesmos, buscando achar respostas e soluções através dos outros, vinculamos nossa felicidade e a colocamos em mãos alheias. Por comodidade ou covardia transferimos a responsabilidade da nossa vida para a responsabilidade do outro. E em nome do "amor" e acreditando estar "amando" projetamos todas as nossas carências e necessidades no outro, "vivendo" em função daquilo que possa vir de fora.

Esquecendo que desta forma jamais estaremos resolvidos, pois por mais que o outro nos ame parece não bastar tudo o que ele possa nos ofertar, a necessidade da nossa carência é sempre maior, nossa ânsia de atenção e disponibilidade é inesgotável. Nós, e somente nós mesmos, podemos resgatar nossas emoções mal-resolvidas. Os outros são nossos companheiros de viagem, que podem apontar e partilhar caminho, porém a escolha é sempre nossa. Existem vários companheiros nessa viagem. Essas oportunidades nos aparecem para que possamos reavaliar nossa vida, para que aprendamos novas lições e ampliemos nosso horizonte.

Perceber nossos limites é um caminho importante na busca do auto-conhecimento. Quando de forma questionadora e corajosa tentamos nos redescobrir, percebemos que a maior das nossas respostas se encontram na infância, na forma como fomos recepcionados pelas pessoas. Para que possamos ser adultos mais equilibrados é indispensável conhecermos e reavaliarmos nossa estrutura, percebemos o porquê de nossas reações, de que forma nossos conceitos e preconceitos foram estabelecidos, a fim de atualizarmos nossos valores, sermos capazes de mudar, encher com coisas novas nossa mente e coração, trazendo para nossa mente novos amores, sentimentos e emoções.
Quando nos propomos a nos conhecer e a nos aceitar, quando somos capazes de amar de forma mais plena e profunda, sem posse, sem cobranças, sem nos sentirmos vítimas quando estamos inteiros, corpo, mente e alma, conseguimos respeitar o outro na sua totalidade e particularidade. Somos capazes de perceber em nossos relacionamentos a graça e a espontaneidade da troca, a ternura e a sensualidade do toque, o gostoso de partilhar sem ansiedade e expectativa.
Portanto, ao reescrever nossa história, somos diretores e atores ao mesmo tempo, criadores e responsáveis pelo nosso presente e idealizadores de nosso futuro, podendo buscar tudo isso de forma mais efetiva, acolhendo nossa criança interior.

Para que essa criança maravilhosa, radiante e cheia de amor possa emergir, brincar e se mostrar, é necessário que seja encontrada, amada, valorizada, festejada e protegida. Então, vamos ouvi-la, conhecê-la, e através de nossa vontade desvendar seus medos, ancorar seus traumas, desmistificar seus velhos paradigmas, reaver sua espontaneidade e alegria perdidas, enfim, reescrever sua história original acolhendo neste caminho sua ternura, ingenuidade e sorriso puro. Espelhar novamente o brilho nos olhos, a crença no futuro. Quebrar as correntes que nos amarram ao passado que controlam e que nos tornam controladores.

Devemos ser capazes de mergulhar dentro de nós mesmos procurando atender aos anseios do nosso coração, ser capazes de nos perdoar e de perdoar nossos pais, parentes e amigos, livrando-nos do peso morto de um passado já vivido e do fundo de nós mesmos tomarmos impulso e ressurgir mais sábios de nossos limites, mais tolerantes com nossas carências, mais suaves em nossas crises e críticas. Motivados e motivadores para vivermos o presente de forma plena. Menos intimidados e mais íntimos com nossos verdadeiros sentimentos, aptos a conviver de forma plena e equilibrada com nossa criança interior.

Como anda sua Criança Interior?
Todos nós temos um aspecto criança que é o grande responsável pelo encantamento que sentimos pela vida. Pena que a gente nem sempre dê chance para a nossa criança aparecer. E, às vezes, só enxergamos o seu lado negativo. Marque um encontro com sua criança e descubra como a vida é extraordinária. Criança é sinônimo de espontaneidade e da alegria descuidada que nasce de quem vê a vida com olhos novinhos em folha. Todos nós já fomos crianças, mas talvez poucos se lembrem desta emoção de “descobrir” o mundo extraordinário em que vivemos. Crianças são curiosas, sempre aprendendo e, ao contrário dos adultos, elas imaginam e dizem qualquer coisa – incluindo aquelas reflexões reveladoras que subitamente emprestam um brilho novo à nossa rotina de adultos.

A nossa criança ainda vive em nós, em algum lugar da nossa mente. E é capaz de reencantar nossa vida. No entanto, muitas e muitas vezes, nós nem nos damos conta destas características da criança. Seja porque mantemos uma relação cheia de conflitos, distante ou, até, ressentida, com a criança que nós fomos, seja porque somos tão treinados para ser sempre racionais e sérios, o fato é que largamos nosso lado infantil pelo caminho e esquecemos que a vida também é brincadeira, coisa de criança. Mas em vez de mergulhar na nostalgia ou de querer fazer o tempo parar, que tal fazer um mergulho interior e ver como anda sua Criança Interior?

COMO É SUA CRIANÇA INTERIOR?
O primeiro passo é entrar em contato com essa identidade do seu mundo interior, esse aspecto interno importante para o seu desenvolvimento humano. Se você não se lembra muito bem de como era quando criança, olhe fotografias de quando você tinha ao redor de cinco anos e pergunte-se:

Como você se sentia?
Como você imagina que sentia o seu corpo? Como se sentia quando ficava triste? E alegre?
Quais eram seus amigos?
Como se sentia em sua casa?
Como a vida parecia naquela época?”

O segundo passo é integrar este aspecto seu, tornando-o harmonioso com a pessoa que você é hoje. Uma das formas de promover este “encontro” é fazer uma visualização, um dos recursos mais utilizados em diversos tipos de terapia para facilitar mudanças nos nossos padrões de comportamento e que você pode fazer, mesmo sozinho.

Como a gente reconhece em nós as manifestações da Criança Interior?
Na verdade, a nossa Criança Interior manifesta-se em nosso comportamento através de qualidades infantis, como por exemplo a curiosidade. As crianças são naturalmente curiosas. Começamos a envelhecer quando deixamos de ter curiosidade pela vida. Já vimos tudo, já sabemos tudo, já aprendemos tudo. A espontaneidade é outra forma de checar se nossa criança interior está saudável. Outra, ainda, é a alegria que nos mantém saudavelmente infantis.

Por que é importante cuidar deste aspecto da nossa personalidade?
Cuidar da nossa Criança Interior é uma forma de celebrar a vida dentro de nós. Desde que o mundo não maltrate demais a criança, ela é um exemplo de energia e de movimento, sinônimos de vida.

O que acontece com gente que negligencia este "aspecto" de si próprio?
A gente adoece, se torna amarga, envelhecida antes do tempo. É assim que se pode reconhecer alguém que não cuidou da sua Criança Interior. Da mesma forma, pessoas que se sentem bem na vida e com os outros, que conseguem encontrar alegria no seu cotidiano, que acolhem o mundo com entusiasmo e sem rabugice, estas estão em paz com sua Criança Interior.

Como é possível honrar esta Criança em nós?
O grego Heráclito, considerado o pai da filosofia ocidental, dizia que ninguém pode se banhar duas vezes nas águas de um mesmo rio. Com isso, ele enfatizava que a vida, no seu movimento constante, obriga a gente – assim com o rio – à eterna renovação. Mas não podemos esquecer que o rio num determinado momento é também a soma de tudo ele vem trazendo desde o seu nascimento, lá no topo de alguma montanha. Nós também só podemos nos considerar inteiros se consideramos tudo o que já fomos, tudo o que já vivemos. Respeitar o nosso lado infantil é uma homenagem que devemos fazer a nós mesmos todos os dias.

O problema é que a criança também adoece nas lidas da vida. Cabe a nós cuidarmos para que ela se livre das tristezas e do sofrimento. Por isso é bom visualizarmos a nós mesmo crianças naqueles momentos difíceis da infância. Nessas imagens devemos nos “ver” enxugando nossas lágrimas, nos acariciando e nos dando colo. A gente (já grande) curando a criança triste de um determinado momento. Estas visualizações fazem um grande bem.

Como a gente pode ajudar os filhos a aprenderem a cuidar da sua Criança?
Mostrando que cumprir os deveres e fazer a coisa certa não deve impedi-los de rir sem motivo, pular quando estão alegres, dançar quando tiverem vontade. Enfim, quando ensinamos nossos filhos a cultivar a própria liberdade estamos ajudando-os a cultivar a criança feliz, que é livre espontânea e alegre.
Temos que mostrar para os filhos o nosso lado infantil. Deixar que eles nos chamem de bobos e curtir as nossas próprias bobagens diante deles. Cantar, brincar e dançar junto, como eles fazem com os amigos deles, é uma boa maneira de mostrar o nosso lado infantil. Desde que esses momentos sejam vividos com espontaneidade e verdade só servem para nos aproximar filhos e pais.

E como podemos atrapalhar este processo?
Quando confundimos responsabilidade com cara feia e ensinamos às crianças, por exemplo, a ver o trabalho como um peso e cumprimento do dever como uma coisa chata.

Quais são os aspectos sombrios da Criança Interior?
A falta de afeto, a ausência de limites, a tristeza, o medo, o cerceamento da liberdade e da expressão. Esses são lados sombrios que tornam a criança doente e podem nos atrapalhar na vida adulta. Por isso, precisamos descobri-los para encontrar as formas adequadas de afastá-los de nossas vidas.

Como vai seu lado Criança?
Podemos começar cedo a brigar pela nossa individualidade, como podemos também nos encolher e aceitar sem contestações tudo que é dito pela mãe, pelo pai, pelos adultos que sabem das coisas. Se, em crianças fomos vítimas de repressões excessivas, passamos o resto da vida achando que “nunca fazemos nada direito mesmo”.

Por outro lado, as crianças vítimas da falta de limites, crescem acreditando que tudo é permitido, são inseguras e eternamente insatisfeitas. Mas antes que jogar a culpa de todos os nossos sucessos ou de nossos fracassos nos nossos pais, é sempre bom lembrar que pais inadequados nem sempre conseguem impedir seus filhos de trilharem o caminho da felicidade. Do mesmo modo, pais competentes também não conseguem garantir que seus filhos se tornem adultos bem-sucedidos emocionalmente.

O que garante a aquisição desse status é a nossa capacidade de lidar com aquela criança que, forjada lá pelos três, quatro ou cinco anos de idade, continua, hoje, dentro de nós influenciando e mesmo determinando nossos pensamentos, crenças e ações. Saber o que ela sofre, o que deseja, o que sente é nossa obrigação de adultos interessados no próprio crescimento.

EXERCÍCIO DE VISUALIZAÇÃO:
ACOLHENDO A CRIANÇA QUE VOCÊ FOI
O objetivo desta visualização é tornar mais real essa parte resgatada da sua personalidade. Praticar a visualização pode beneficiar e muito sua autoconfiança, seu auto-respeito, além de aumentar seu senso de totalidade. Em cada adulto mora uma criança, aquela parte da personalidade humana que deseja se desenvolver e tornar-se inteira”.
Coloque-se numa posição bem cômoda e relaxe totalmente. Feche os olhos. Se sentir que há algum medo, distração ou entrave emocional incomodando-o, trate de tirá-los do caminho: visualize uma caixa e deposite todos eles dentro da caixa. Depois, com serenidade, deixe-os irem embora.
Se perceber algum incômodo físico, solte-se para não se distrair. Vá tomando consciência das batidas de seu coração, de sua respiração. A cada batida, a cada respiração, sinta-se mais próximo de você mesmo.
Pergunte a criança: “Do que é que eu mais necessito neste momento”. Ouça com atenção o que ela diz! Veja a sua criança. A criança é claramente você, mais ou menos aos cinco anos de idade. Olhe para ela e reconheça-se nela quando tinha aquela idade.

Estenda a mão para essa criança. Dê-lhe as boas-vindas. Fale com ela. Pergunte como vai e conte a ela como você vai. Enquanto conversam, a criança aconchega-se no seu colo. Agora, diga a esse menino (ou a essa menina) como vai fazer para assegurar-lhe que a partir de agora ele seja escutado e valorizado. Tenha uma conversa com essa criança. Ela está agora sentada em seu colo. Abrace-a, tranqüilize-a. Dê-lhe amor. Fale com ela com carinho.

Logo que visualizar isto, vá se preparando para "acordar" e volte. Abra os olhos lentamente. Bem devagar, vá tomando consciência de onde você está. Sem pressa, sinta seu corpo, mexa-se. Agradeça por este encontro.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Resenha do liivro "As Cinco Linguagens do Amor"

Resenha: As Cinco Linguagens do Amor

O autor descreve cinco linguagens do amor. Você vai aprender a identificar a sua e de tantas outras pessoas que são importantes em seus relacionamentos. Isto trará uma nova visão. Você entenderá porque dá tanta importância para algumas atitudes e os outros muitas vezes dão para outras. Por que me incomodo com algumas coisas e as pessoas não percebem e porque muitas vezes tento agradar as pessoas com a minha linguagem mas não obtenho êxito porque a linguagem do outro pode ser diferente.

Do que se trata este livro? Homens e mulheres não falam a mesma língua? Não. Além disso existem formas diferentes de comunicação entre os casais. Será que o amor acaba depois do casamento? Pessoas solteiras, casadas e divorciadas parecem buscar esta resposta. Manter o amor vivo no casamento é um assunto muito sério. Existem livros que falam sobre 100 formas de expressar o amor. Alguns casais tentam umas 3 estratégias e as outras 97? As pessoas precisam entender que falam linguagens diferentes. Sabemos uma língua, por exemplo português, mas podemos aprender outras. Porque ao encontrarmos alguém que fale uma língua diferente da nossa, se não soubermos outra, a comunicação ficará limitada. Não importa o quanto você domina o português, se o seu parceiro só falar em inglês, ele não entenderá uma palavra do que você fala. É raro o casal que tenha a mesma linguagem. Se você se identificar e aprender a falar a primeira linguagem de amor de seu parceiro fará toda a diferença.

Esta questão da comunicação também está ligada a nossa infância. As crianças que não se sentiram amadas por seus pais, nem por amigos, desenvolverão uma linguagem distorcida, que apresentará falhas, como alguém que não aprende gramática de forma correta.

Sentir-se amado é a principal necessidade do ser humano. Existe algo, que se chama “Tanque do Amor”, é como um tanque emocional e o de cada um de nós pode estar cheio, vazio, meio cheio, meio vazio. Depende do que recebemos nas relações desde a infância. E o detalhe é que pode acontecer de nossos pais nos darem atenção e afeto numa linguagem que não era a nossa principal, então parece que o tanque permanece vazio. É preciso que os pais identifiquem qual é a linguagem entre eles como casal e qual é a de cada filho.

A paixão que envolve duas pessoas, aquela adrenalina, aquele frisson dura até 2 anos. Muitas vezes se torna um sentimento obssessivo, aprisionante. É quando um dos parceiros faz do outro seu refém emocional. Quando o casal consegue ultrapassar o sentimento da paixão, e não se sentem perdendo algo, porque o sentimento amadureceu, estas pessoas serão capazes de viver o amor como algo bom. Experimentarão um sentimento maduro, mais calmo e muito profundo. Quando o tanque de amor do seu parceiro está cheio e ele se sente seguro de seu amor, as coisas fluem. Se o tanque está vazio e ele se sente usado e não amado, o mundo todo parece escuro, vazio e sem esperança. Vamos ver quais são as 5 linguagens do amor.

PRIMEIRA LINGUAGEM - PALAVRAS DE AFIRMAÇÃO

Palavras que edificam, elogios e palavras de admiração são poderosos comunicadores do amor.

-você ficou elegante!
-você está ótima com este vestido!
-ninguém faz este prato como você.
-obrigada por me ajudar lavar a louça.
-você é uma ótima mãe.
-como me sinto orgulhosa de como você é responsável no seu trabalho.

Reforce o que ele(a) faz de bom. Isto tem muito mais poder do que criticar o que ele(a) não faz ou faz errado segundo a sua visão. O elogio não deve ter um tom de bajulação. Se a pessoa que receber não sentir que o comentário é sincero o efeito será negativo.

Talvez seu parceiro tenha um dom que esteja adormecido. Ele(a) está aguardando suas palavras. Ao reconhecer que o talento existe a pessoa se encoraja a colocá-lo em prática. Pode ser um dom na música, de falar bem, escrever, cozinhar. Outra situação é quando, por exemplo, alguém que precisa de dieta ou precisa aprender a dirigir. Não pressione. Os casais devem procurar saber o que é importante para o outro e ajudá-lo em suas inseguranças. Ver o mundo com seus olhos. Criar estratégias para apoiar o parceiro naquilo que ele precisa ser motivado.

Entre os casais encontramos parceiros muito amorosos e parceiro competitivos. Entre os amorosos, o elogio é algo que acontece naturalmente de forma espontânea. Mas entre os competitivos, isto não acontece. Se vive uma guerra. O casal sofre e os filhos também. Os casais competitivos procuram apontar as falhas, usam as fragilidades num movimento de destruir o outro.

Palavras humildes: Quando dou ordem me coloco acima do outro. Me coloco como pai/mãe e não como marido/mulher. No casamento deveríamos ser iguais. Adultos. Mas nem sempre é assim. Às vezes um dos dois, ou os dois se comporta como uma criança. Tem alguém que dá demais e se sobrecarrega, enquanto o outro dá de menos. Palavras humildes significam pedidos. Pedidos são afirmações da habilidade do outro.

Exemplo:

-poderia fazer para mim aquela torta que tanto gosto? Eu ficaria feliz.
-você pode limpar o telhado da nossa casa? Fico preocupada da calha entupir.
-você pode me ajudar a cuidar das crianças hoje à noite? Eles gostam quando você brinca com eles.

Dessa forma o parceiro pode atender o pedido ou não. Ele vai analisar e tomar uma decisão.

Intimações: não funcionam. O parceiro pode até obedecer por medo, culpa, pressão ou irritação mas não por amor ou consciência de que aquela atitude é importante.

Fazer elogios na ausência do parceiro: Seja sincero e o elogie para os outros. Reforce o que o parceiro faz que torna sua vida melhor na presença dele.

SEGUNDA LINGUAGEM - TEMPO DE QUALIDADE

“Ele é um bom provedor, mas nunca tem tempo para nós. O que adianta a casa nova, o carro novo se não aproveitamos juntos?”

Tempo de qualidade significa dedicar a seu parceiro sua atenção. Não é só sentar no sofá e assistir TV. Tempo de qualidade é conversar juntos. É o olho no olho. Passear juntos. Observem nos restaurantes como os casais se comportam. Claramente podemos identificar os casais que fazem daquele momento um tempo prazeroso dos que transformam aqueles minutos em obrigação. O tempo de qualidade pode ser 15 minutos, que você se dedica só a ele(a). É um poderoso comunicador emocional. É preciso ter atividades em comum. Se não houver dedicação o tanque emocional ficará vazio.

Faça uma lista do que você acha que a pessoa gostaria de fazer junto com você:

-viajar
-almoçar só com ele(a)
-babá para ficar com as crianças
-chegar em casa e contar sobre o seu dia
-ouvir com interesse
-ficar com os filhos e dar atenção a eles
-férias com a família
-caminhar juntos
-etc

Coloque em prática um tópico por semana. E isto não afetará sua carreira profissional. Algumas pessoas em seu momento de lazer ficam na internet ou só pensam no trabalho. Cuide para que este momento seja realmente para descansar, descarregar sua tensão e repor sua energia.

Estar junto não significa só estar próximo no mesmo espaço físico. Significa presença com qualidade. Você dá o que você tem de melhor para o outro.

Conversas com qualidade: Ouvimos com interesse. Dividimos nossos sentimentos.

Quando uma pessoa me conta algo, não preciso resolver ou achar uma solução. Mas ouço com atenção.

-olho no olho.
-não faço outra coisa enquanto a pessoa fala.
-escuto com atenção.
-observo a linguagem corporal.
-evito interrupções.

Aprendendo a falar. Muitas pessoas vem de lares onde a expressão de sentimentos e pensamentos não foi encorajada, mas sim condenada.

Acostume-se a perceber seus sentimentos pelo menos 3 vezes por dia. É um treino. Muitas pessoas quando são questionadas: O que você está sentindo? Respondem: Nada. Estou “normal”. Mas como é estar normal?

TERCEIRA LINGUAGEM – PRESENTES

É algo concreto que você ganha e diz: ele(a) pensou em mim. Antes de comprar, lembramos da pessoa. O objeto em si é um símbolo deste pensamento. Quando um filho dá uma flor para sua mãe, não importa o custo, o valor. Os filhos se sentem inclinados a presentear seus pais com seus desenhos. O presente é um símbolo visual do amor. Existem presentes de todos os tamanhos e formatos. Caros e baratos. Para aqueles que esta for a primeira linguagem, o preço não importa. Podem ser comprados, achados ou elaborados. Apanhar uma flor, cartões que você mesmo pode fazer e escrever. Algumas pessoas falam que não sabem dar presentes. Tente se lembrar do que seu parceiro já gostou de receber . Agora se ele critica os presentes que recebe, esta não é a primeira linguagem de amor dele(a).

Presentes x Dinheiro: se você não se importa em gastar não terá dificuldade em comprar presentes. Mas é preciso gastar e poupar com sabedoria.

Outra situação freqüente: quantas mulheres ganharam seus bebês e ficaram sozinhas porque seus maridos estavam fazendo outra coisa. Em casos assim não há presentes, flores que substituam a presença do marido. Isto também vale para situações de velório, enterro, doenças. Sua presença em tempo de crise é o MAIOR presente.

Lembre-se o presente não é para você. Então não compre algo que você gostaria de ganhar para dar para a outra pessoa. Pense em como é esta pessoa, o que a faria feliz, como ela se veste, como ela é e aí use sua imaginação. Seja criativo acima de tudo.

Sugestões de presentes:

-flores com cartão
-um jantar especial de surpresa
-uma caixa do chocolate preferido com cartão
-roupa, sapato mas você precisa estar atento para o número dela(e)
-etc

Antes de comprar, lembramos da pessoa. O objetivo em si é um símbolo deste pensamento.

QUARTA LINGUAGEM – ATOS DE SERVIÇO

Cozinhar, mesa arrumada, lavar a louça, organizar a roupa, passar aspirador, levar o lixo para fora, cuidar das crianças, trocar fraldas, cortar a grama, cuidar do jardim, cuidar dos animais, etc...

Atos de serviço é tudo aquilo que seu parceiro gostaria que você fizesse.

Pensar, planejar e executar.

Exercício: Às vezes as pessoas podem até fazer coisas que acreditam que agradará o outro, mas isto não acontece. Por que não é exatamente o que a pessoa quer. Então.........Faça uma lista do que eu estou disposto a fazer “ATOS DE SERVIÇO” para agradar o parceiro. Mostro a lista para ele(a) e leio a que ele(a) escreveu. E confirmamos as tarefas que de fato são importantes.

O que se faz no namoro não é garantia que continuará depois de casados. A paixão faz com que as pessoas ajam de um modo. Apaixonados fazem tudo para agradar o outro, são cuidadosos, detalhistas, abrem mão de coisas que são importantes em prol da relação, surpreendem. Depois que a paixão passa, as pessoas costumam seguir segundo o modelo que aprenderam com seus pais. É um ciclo de repetição que pode ser quebrado, através da conscientização que esta repetição não traz um bom efeito para a relação. Vocês poderão construir uma nova forma de se relacionar através de informações e conhecimento. Aprimorar o que aprenderam com seu pais, com amor.

O amor é uma decisão. E não deve ser coagido. Quando o casal decide fazer pedidos em vez de cobranças, a relação muda de rumo.

Observe que as críticas que são feitas nos relacionamentos dão pistas sobre a linguagem do amor dele(a). As queixas que mais se repetem é aquilo que a pessoa mais sente falta. E o que são os temas destas reclamações? Elogios, presentes, toque físico, tempo de qualidade, atos de serviço? Esta é uma grande dica: fique atento e saberá por onde começar.

Algumas mulheres dizem: “Eu sirvo meu marido a tantos anos e ele me ignora, me maltrata, me humilha.” Quando os homens tratam suas mulheres como capachos, excluem a possibilidade de serem amados por esta mulher. Ela seguirá fazendo o que aprendeu, que para ela seria sua função: servi-lo............mas seu coração estará magoado e ressentido.

Hoje não basta apenas trabalhar fora, ser o homem provedor. É importante quebrar estereótipos – “Homens não fazem isso!” Esta frase é preconceituosa. Provavelmente originada de um mundo machista em que vivemos. Homem não lava louça, homem não cozinha, não cuida de crianças e assim por diante. É preciso quebrar estes paradigmas. Os homens podem ajudar suas esposas e filhos, mesmo que não tenha presenciado seu próprio pai fazendo tarefas de casa. Participar nestas atividades ajudando sua esposa a fará se sentir amada, valorizada e respeitada. Isto trará mais proximidade e intimidade entre vocês.

QUINTA LINGUAGEM – TOQUE FÍSICO

Os bebês que são carregados no colo desenvolvem uma vida emocional mais saudável do que os que são criados sem contato físico. Apanhar é difícil para qualquer criança, mas para aquelas que tem o toque como primeira linguagem é ainda pior. Um abraço para quem tem esta linguagem como a primeira vale muito. Algumas pessoas insistem em tocar seu parceiro como gostariam de ser tocados. Isto pode não dar certo. Você terá mais sucesso se perguntar o que o outro quer e usar a sua criatividade. Os homens muitas vezes se sentem embaraçados em ser espontâneos com suas esposas. E as mulheres? Se elas estiverem magoadas este canal se bloqueia automaticamente. É preciso rever esta característica feminina. Será que tenho que esperar falar tudo que quero, resolver para depois me aproximar corporalmente? Ou posso agradar o parceiro para que depois, com uma situação mais receptiva, abra um espaço para conversar sem a posição de defensiva?

Sugestões de TOQUES FÍSICOS:

-carinho
-sentar junto no sofá
-tocar levemente no corpo do outro quando passar perto
-massagem
-beijos e abraços
-segurar as mãos enquanto caminha
-abraçar o parceiro antes de sair de casa
-cumprimentar quando chega
-relação sexual
-etc

Observe e pergunte: ele(a) gostou? Não gostou? Faço de novo? Tento outra coisa? Crio novas estratégias? Consigo conversar sobre isso ou quero que o outro adivinhe o que eu gosto e o que eu preciso no que se trata de contato corporal?

Quanto ao relacionamento sexual não é o único, mas é um dos ítens mais importantes. É preciso dialogar, observar, ver o que o outro quer, o que não quer. Para isso é preciso muito tato para que ninguém se sinta criticado, na defensiva mas o objetivo é buscar juntos uma forma prazerosa de se relacionar. Muitas mulheres se sentem muito insatisfeitas nesta área.

Nosso corpo foi feito para o toque, mas não para o abuso e nem para ser invadido. Sabe-se do efeito nocivo na vida de alguém que sofreu algum tipo de abuso. As conseqüências são sempre muito negativas.

Outra situação importante é o que diz respeito a infidelidade. Como é o contrato dessa relação? A traição é algo permitido ou não pelos dois? O parceiro(a) que trai pode não saber a dor que causa. Saber que ele(a) viveu uma experiência afetiva com outro(a) faz com que o tanque emocional não apenas esvazie, mas ele explode. E como colar as peças de algo que explodiu? É possível? É. Desde que os dois estejam muito empenhados nesta reconstrução. Através do perdão mútuo e de muita paciência com diálogo e mudança de atitude.

-Há casais que não se perdoam e ficam juntos vivendo um relacionamento de muita mágoa, as feridas não se cicatrizam.

-Há casais que perdoam a traição, mas decidem pela separação.

-Há um outro grupo que consegue superar a crise: se perdoam, ficam juntos e iniciam uma nova fase da relação com mais maturidade.

Algumas pessoas consideram o sexo como algo para se sentirem vivos. Estes são capazes de ter uma infinidade de parceiros.

Com a linguagem do toque físico, encerramos assim as 5 linguagens do amor.

CONCLUSÃO:

Depois da leitura recomendo a identificação da sua principal linguagem e de seus familiares. Depois você poderá ampliar cada vez mais a sua percepção tentando descobrir a linguagem de seus amigos, do seu chefe, colegas de trabalho, subordinados etc etc. Quando tenho consciência da minha linguagem mais importante, consigo dizer mais claramente o que espero dos relacionamentos e identificando a linguagem do outro entendo que para maior empatia preciso me ajustar a linguagem do outro, independente de qual seja a minha linguagem.

Que este conhecimento abra muitas portas nos seus relacionamentos. Sucesso!

Sociopatia

Personalidade Anti-social - Artigo Folha de Londrina

Quando pensamos nos psicopatas, logo pensamos em criminosos violentos como vemos na tv e no cinema. Mas a verdade é que nem todos eles são assim. Este é um distúrbio que se caracteriza por falta de consciência e que é bem mais comum do que imaginamos, atingindo uma em cada 25 pessoas.

Entre suas principais características estão a incapacidade de adequação às normas sociais, falta de sinceridade e tendência à manipulação, impulsividade, irresponsabilidade persistente e ausência de remorso.

A psicopatia tem níveis: leve, moderado e grave. Talvez seja um marido agressivo, um pai ausente, que no pouco tempo que está em casa explode com seus filhos, um chefe que maltrata e humilha seus funcionários, um filho rebelde que surpreende os pais constantemente com seus comportamentos contrários aos valores ensinados na família, como mentiras, manipulações, quebra de regras etc. Embora saibam o que é certo ou errado, os psicopatas ou sociopatas, não se importam com isso. Conhecem as regras da sociedade e entendem como as pessoas com consciência, agem e pensam - e lançam mão disso para manipular e circular despercebidos em nosso meio. Nos casos mais graves, eles são capazes de mentir, roubar e até matar sem culpa nenhuma.

Abaixo alguns dos principais pontos:

1. Incapacidade de amar. Não criam vínculos. Não sentem falta das pessoas. Não sofrem pelas suas perdas. Sua afetividade é blindada. Não existe.

2. Amoralidade. Cometem atitudes que demonstram falta de escrúpulos.

3. Não amadurecem com as suas experiências. Repetem os erros insistentemente. Não adianta falar, explicar, apontar. eles não aprendem, embora a capacidade intelectual seja alta, mas o que eles não possuem é inteligência emocional.

4. Mudam de humor repentinamente, sem uma explicação aparente. Freqüentemente tem explosões inesperadas de raiva e ódio.

5. Incapacidade de sentir tristeza, de sofrer. Mesmo na perda de um familiar próximo, sua falta de emoção surpreende. Em situações de doenças se mostram frios e distantes. Não se colocam no lugar da pessoa. Não tem empatia pelo sofrimento humano.

6. Ausência de sentimento de culpa: sabem que agem imprópriamente, mas não são capazes de deixar de fazer algo mesmo sabendo que é errado e que causará sofrimento para outras pessoas.

7. Ausência de toda e qualquer compreensão real ou insight. Entendem intelectualmente mas isto não produz mudança.

8. O ambiente força valores sobre estes indivíduos que pode parecer resultar em reflexões. Eles acabam dizendo o que os outros querem ouvir, mas não significa que aprenderam algo.

9. Habilidade de evocar pena. Parecem indefesos, perdidos. Despertando nas pessoas um desejo de ajudar. As mulheres geralmente são vítimas, porque possuem instintos maternais. Elas acreditam que com seu cuidado eles melhorão, serão curados.

10. Possuem um "charme" característico que facilita suas bajulações. Agradam com elogios (falsos), com presentes que compram após observar suas "'vítimas" e com isso identificam como tornar-se íntimo no relacionamento que os interessa.

11. Possuem um repertório de trapaças sem inibições. Para eles não há restrição.

12. Como não amam, não criam vínculos. Sem a moral nos relacionamentos, eles ficam felizes em enfeitiçar aqueles ao seu redor.

13. Quando não se tem uma convivência muito próxima a presença deles até certo ponto é prazerosa. Não fazem exigências, sendo que as outras relações são cansativas, requerem esforço.

14. As relações com maior intimidade como esposas, filhos, funcionários sofrem com o excesso de pressão, exigências, críticas destrutivas, contradições e hipocrisia (cobram algo que eles mesmos não fazem). Para as pessoas de fora são capazes de atitudes "generosas", prestativos ao extremo querem passar uma imagem positiva, e com a manipulação e distorção da realidade as pessoas não percebem e acabam concluindo que eles são boas pessoas.

15. São perspicazes, sedutores, predadores em busca de alguém vulnerável para ser explorado por eles em vários aspectos. Tirar vantagens é com eles. Sem o menor senso de moral, ética e caráter. Vale frisar que raramente admitem seus erros. Negam até o fim, mesmo que todas as evidências apontem para seus erros. Você raramente ouvirá um pedido de desculpas.

16. Ironicamente eles causam inveja. Já que eles não se sobrecarregam por moralidades e tensões. Moralidade esta que é a raiz de nossas neuroses.

17. Tem medo de envelhecerem, de ficarem doentes, da morte. Geralmente não se cuidam ou são obssessivos, hipocondríacos nos seus cuidados com a saúde.

18. Movem-se incansavelmente de uma relação para outra. Precisam diversificar seus relacionamentos e quando são casados a traição é uma constante em sua vida. Banalizam suas aventuras extra-conjugais que podem ser mulheres de todas as idades, classes socias, casadas, solteiras e garotas de programa. Eles não tem vocação para a monogamia.

19. Uma mentira, uma promessa não cumprida podem ser resultado de um deslize, uma falha eventual, mas quando as mentiras, contradições e omissões fazem parte constante do comportamento de uma pessoa, você pode estar diante de um sociopata. Na maioria das vezes eles levam uma vida dupla. Se escondem atrás de uma postura correta, muitas vezes participando de cargos de liderança que os deixam acima de qualquer suspeita, ao mesmo tempo que tem comportamentos completamente contrários numa vida secreta.

20. Muitas vezes são capazes de influenciar pessoas idôneas e honestas a praticar atos contrários às suas crenças e valores. Isto se deve a capacidade de dominação e influência que eles são capazes de exercer sobre as pessoas.

21. Observe e identifique se o que você sente é medo ou respeito por esta pessoa que muitas vezes pode ocupar um posto de liderança e ser uma figura de autoridade. Eles possuem uma forma intimidadora de conseguir o que querem.

22. A intriga é uma ferramenta do sociopata. Não entre no jogo. Na frente das pessoas ele tem um determinado comportamento e longe das pessoas faz fofocas, mentiras, distorce a realidade dependendo de seu interesse.

23. São capazes de agradar e em poucos minutos tem comportamentos que provocam fúria nas pessoas, na medida que mentem e apunhalam pelas costas.

24. Não tente recuperar os irrecuperáveis. Gaste energia com quem é possível fazer mudanças. Aceite sua limitação e neste caso não veja como desafio a recuperação de um sociopata.

25. Para dominar as pessoas eles costumam "bater e assoprar" ou seja, nas relações mais próximas se mostram verdadeiros tiranos, humilham, desrespeitam, destroem a auto-estima da pessoa e depois se mostram preocupados, cuidam das feridas que eles mesmos causaram. E a pessoa que não se dá conta disso vai se transformando em sua refém.

Os sociopatas não constituem uma raridade. Ao contrário representam uma parcela significativa da população. É quase impossível para qualquer pessoa atravessar a vida sem conhecer no mínimo um deles, seja em que circunstância for.

Quando possível mantenha distância, mas se for necessário a convivência com alguém assim, proteja-se, deixe os limites muito claros e não tenha medo de colocar suas idéias de forma objetiva e direta. Não permita que uma pessoa sem consciência, ou várias destas pessoas, convença você de que a humanidade é um fracasso. A maioria dos seres humanos tem consciência e é capaz de amar.

Margareth Alves, psicóloga e terapeuta familiar

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Elogie do jeito certo - Marcos Meier

Elogie do jeito Certo

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante.
Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas.
Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo.
Em seguida, foram divididas em dois grupos.
O grupo A foi elogiado quanto à inteligência.
“Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” ... e outros elogios à capacidade de cada criança.
O grupo B foi elogiado quanto ao esforço.
“Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças.
Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.

As respostas das crianças surpreenderam.
A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa.
As crianças não queriam nem tentar.
Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.
A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis.

As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”.

As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado.
Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória.
Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente.
Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas

No entanto, isso não é tudo.
Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética.
Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas.
Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um.
É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim.
Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nossos filhos precisam ouvir frases como:
“Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”,
“parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”,
“filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária”,
“isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu video game foi muito legal, você é um bom amigo”.
Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los.
Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.
Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”.
Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos.
Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”.
Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.
Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles.
São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.

Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

Marcos Meier é mestre em Educação, psicólogo, professor de Matemática e especialista na teoria da Mediação da Aprendizagem em Jerusalém, Israel.

Alzheimer - uma reflexão

Sobre o Alzheimer
Roberto Goldkorn é psicólogo e escritor

Meu pai está com Alzheimer. Logo ele, que durante toda vida se dizia
'o Infalível'. Logo ele, que um dia, ao tentar me ensinar matemática,
disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no teto. Logo
ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do
músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca
mais esqueceu: esternocleidomastóideo.

O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta
saber que ele esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de
canudinho, não consegue terminar uma frase, nem controla mais suas
funções fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas
demências tipo Alzheimer.

Aliás, fico até mais tranqüilo diante do 'eu não sei ao certo' dos
médicos; prefiro isso ao 'estou absolutamente certo de que....', frase
que me dá arrepios.

E o que fazer.... para evitarmos essas drogas?

Como?

Lendo muito, escrevendo, buscando a clareza das idéias, criando novos
circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e
pela vida 'bandida'.

Meu conselho: é para vocês não serem infalíveis como o meu pobre pai;
não cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer.
Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória,
não só com drogas (não nego a sua eficácia, principalmente as
nootrópicas), mas correndo atrás dos vazios e lapsos.

Eu não sossego enquanto não lembro do nome de algum velho conhecido,
ou de uma localidade onde estive há trinta anos. Leiam e se empenhem
em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos
sessenta anos.

Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: 7
de cada 10 doentes nunca ligaram para essas 'bobagens' e viveram vidas
medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham
consciência disso.

Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro.
Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha?
Hum... Preocupante).
Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade.
Parodiando Maiakovski, que disse 'melhor morrer de vodca do que de
tédio', eu digo: melhor morrer lutando o bom combate do que ter a
personalidade roubada pelo Alzheimer.

Dicas para escapar do Alzheimer:

Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém
a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas
conexões.

Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000),
revelam que NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de
exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável,
criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu
cérebro. Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que,
apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem
um efeito perverso; limitam o cérebro.

Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios
'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão
fazendo, concentrando-se na tarefa. O desafio da NEURÓBICA é fazer
tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um
trabalho adicional. Tente fazer um teste:

- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando
isso num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.
A proposta é mudar o comportamento rotineiro!
Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado e estimule o seu
cérebro. Vale a pena tentar!
Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado?