quinta-feira, 17 de julho de 2014

Ser brilhante na escola não é sinônimo de sucesso na vida - Andrea Ramal

Ser brilhante na escola não é sinônimo de sucesso na vida

Depois de ter lido dois livros de Andrea Ramal, virei sua fã de carteirinha! Quem nunca leu, mais uma uma vez indico a leitura. Li e indico: Filhos Bem Sucedidos e Depende de você: Como fazer de seu filho uma história de sucesso. Os outros livros da autora ainda não li, mas assim que conseguir ler conto para vocês.
O post de hoje é um assunto super importante e vale a reflexão de nós pais e também dos educadores. Ser brilhante na escola não é sinônimo de sucesso da vida. A matéria é escrita por Andrea Ramal, vamos lá.
Muitos pais têm em mente que um filho que só tira notas máximas na escola vai se tornar um adulto bem sucedido. Mas a história não é tão simples. Não adianta ter um filho “brilhante”, se avaliado apenas pelas notas, se quando adulto ele não se relacionar bem com outras pessoas, não gerenciar bem suas emoções ou não souber enfrentar os problemas do dia a dia.
Para a educadora Andrea Ramal, Doutora em Educação pela PUC e autora de sete livros na área, é importante que os pais ofereçam aos filhos oportunidades de formação integral, o que auxilia o filho a desenvolver capacidades e talentos por igual. Isso significa ir além do intelecto.
Em seu mais recente livro Filhos Bem Sucedidos – Sete maneiras de ajudar seu filho se realizar na escola e na vida (Editora Sextante), Andrea Ramal aconselha os pais sobre a melhor forma equilibrar a educação dos filhos:
- Enriqueça a formação cultural e educacional de seus filhos e ofereça a eles a oportunidade de ler livros interessantes, assistir a bons filmes, frequentar exposições e peças de teatro e participar de cursos extras e atividades artísticas.
- Mantenha o diálogo em casa, incentivando seu filho a encarar desafios de forma natural, a resolver problemas e a lidar bem com as derrotas. Não coloque seu filho numa redoma!
- Aproveite as férias escolares de seu filho para proporcionar oportunidades de aprendizagem como ler, viajar, apreciar obras de arte e conhecer novas culturas. A criança que vivencia programas culturais e é estimulada tem uma perda de conteúdo menor na volta às aulas.
- Dê preferência a escolas que tenham uma proposta de educação integral, com currículo variado. Ou seja, que ofereça, além das tradicionais, disciplinas ligadas a artes, cultura e esportes.
O sucesso na vida se relaciona com este tipo de equilíbrio. Adultos bem sucedidas são aquelas que, diante dos problemas, reagem com serenidade e criatividade, têm autoconfiança. Elas constroem o próprio destino. Cuidam adequadamente de si mesmas e dos demais, buscam a qualidade de vida e se sentem felizes. Elas equilibram a mente, o corpo e o coração.
Além disso, ir além do ensino escolar e formar um cidadão integral é fundamental num mundo altamente competitivo. Se os pais oferecem uma formação que vai além do que a escola proporciona, oferecendo atividades com as relacionadas acima, isso funcionará como acelerador da capacidade de aprender e será um diferencial na vida profissional. Portanto, somente as notas não são parâmetro para avaliar se um aluno será brilhante também na vida.
A sinergia total entre pais e escola também é fundamental no processo de formação de um adulto de sucesso. “De fato, quanto mais os pais acompanham a vida escolar dos filhos, mais a sua autoestima cresce pois aumenta ainda mais a sua capacidade e sua vontade de aprender”, diz. Na opinião de Andrea, para transformar um filho em um profissional de sucesso é fundamental que ele tenha um projeto de vida com mais conhecimento, equilíbrio pessoal e felicidade.
Perfil Andrea Ramal
Andrea Ramal é educadora e escritora. Desde muito jovem dedicou-se à educação. Foi professora ao longo de 20 anos, atuando desde alfabetização ao ensino médio e na EJA (Educação de Jovens e Adultos). Implementou programas de formação de professores e gestores escolares em diversos países. Foi consultora do MEC. Doutora em Educação pela PUC-Rio, atua como comentarista sobre o tema na Rede Globo, no Telejornal Bom Dia Rio. É uma das fundadoras da consultoria ID Projetos Educacionais. Membro do Conselho de Desenvolvimento da PUC-Rio e Presidente da Associação de Antigos Alunos dessa universidade. É consultora da Editora LTC (Grupo GEN) para publicações na área de Educação. Visão sobre Educação “Sou uma defensora da sinergia entre escola e família como propulsora de resultados de qualidade na educação de crianças e jovens. Sou entusiasmada pela inovação na educação através do uso consciente e crítico de mídias e tecnologias como ambientes de aprendizagem. Defendo a democratização do ensino, a reforma da qualidade na educação básica brasileira, e a qualificação e valorização dos educadores, através de políticas públicas consistentes e continuadas. Entendo a escola articulada com a comunidade e a vida concreta. Defendo a formação integral do estudante, voltada para a autonomia intelectual e a cidadania ativa e comprometida. Acredito numa sala de aula dialógica, inclusiva e plural, espaço de construção de novas identidades, capazes de se engajar na construção de uma sociedade justa, democrática, solidária e sustentável.”

Tudo vai passar- Cinthia Moralles




Tudo vai passar…
Eles vão crescer e vão dispensar nosso colo.
Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais.
Que nossas demonstrações de afeto em público serão consideradas um grande “mico”.
Que em vez de torcermos para que eles durmam, torceremos para que cheguem logo em casa.
Que não se interessarão mais pelos velhos brinquedos.
Que o alvoroço na hora do almoço vai dar lugar a calmaria.
Que os programas em familia serão menos atrativos que os churrascos com a turma.
Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar.
Que começaremos a rezar com muito mais frequência.
Que morreremos de saudade dos nossos bebês crescidos.
Por isso…
Viva o agora. Releve as birras. Conte até 10. Faça cosquinhas. Conte histórias. De abraços de urso. Deite ao lado deles na cama. Abrace-os quando tiverem medos. Beije os machucados (sim beijo de mãe cura de verdade). Solte pipas. Brinque de boneca. Faça gols. Comemorem. Divirtam-se. Acordem cedo nos domingos para aproveitar mais o dia. Rezem juntos. Estimule-os a cultivar amizades. Faça bolos. Carregue-os no colo. Faça com que saibam o quanto são amados. Passem o máximo de tempo possível juntos… Assim, quando eles decidirem partir para seus próprios vôos, você ainda terá tudo isso guardado no coração.
Autora: Cinthia Moralles (blogueira do Mãenual de de Instrução)
Fonte: Mãenual de Instrução


 

Medos infantis

Sentir medo é normal, faz parte do desenvolvimento infantil, mas a criança precisa se sentir amparada quando esse sentimento vem à tona. Veja aqui quais são os temores mais comuns a cada fase e saiba com ajudar seu filho a lidar com eles:

ATÉ 7 MESES

De barulhos inesperados e luzes fortes.
- Para ajudar: evite expor a criança a qualquer estímulo intenso. Se não for possível, faça de maneira suave e verifique como ela reage.

DE 7 MESES A 1 ANO E MEIO

De pessoas, ambientes e objetos novos; de perder os pais, pois acham que pessoas desaparecem quando não estão ao alcance de seus olhos.
- Para ajudar: o pai, a mãe ou o cuidador devem estar presentes quando o bebê for exposto a situações novas.

DE 1 ANO E MEIO A 3 ANOS

Do escuro, de pessoas com máscaras ou fantasias, de ficar sozinho.
- Para ajudar: ao encontrar alguém fantasiado, aproxime-se devagar e mostre que é apenas uma roupa diferente. Se ele não gostar, não force.

DE 3 A 5 ANOS

De monstros, fantasmas, da escuridão, de animais, chuva, trovão, de se perder.
- Para ajudar: respeite a criança, permitindo que se expresse, e explique que nada lhe acontecerá de mal. Quanto ao medo de se perder, faça-a decorar o nome inteiro e o telefone de casa e a ensine a pedir ajuda. Ela se sentirá mais segura.

A PARTIR DOS 5 ANOS

De ser deixado na escola, de bandido, de personagens de terror.
- Para ajudar: insegurança melhora com diálogo. Se o medo for de bandido, reforce, por exemplo, a importância de ficar perto de adultos conhecidos. Para a criança se sentir segura, diga que alguém sempre estará cuidando dela na escola.

A PARTIR DOS 6 ANOS

Da própria morte e da dos pais, pois já a entende como algo irreversível; de ser criticado.
- Para ajudar: se houver perguntas sobre morte, não invente histórias absurdas, diga a verdade de forma delicada. E quanto às críticas: explique que elas nos ajudam a melhorar.

Fonte: Fontes: Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo, Graziela Zlotnik Chehaibar, psicóloga e terapeuta familiar de São Paulo (SP) e pesquisadora na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Por que um marido se apaixona por outra mulher?

Por que um marido se apaixona por outra mulher?
Esta pergunta: "Por que meu marido se apaixonou por outra mulher?", pode tornar-se obsessiva e, no entanto, as respostas são tão variadas, que é impossível responder em uma única nota as razões específicas que levam um homem comprometido a se apaixonar por outra mulher. Sem dúvidas o amor e o casamento exigem um compromisso e ser fiel também é uma decisão, mas apesar desse compromisso e esse sentimento que você pensava ser eterno, a infidelidade pode acontecer, e quando acontece, a mulher se pergunta: "Por que acontece?", "O que eu fiz de errado?", "Por que meu marido se apaixonou por outra mulher?", e quase sempre a resposta inclui um "Tenho sido uma excelente mãe e esposa". Mas mesmo que seja doloroso aceitar, sempre temos alguma responsabilidade no que acontece dentro do casamento. Descubra através deste artigo um pouco sobre a natureza masculina e use-o para fortalecer seu relacionamento, arrisque-se:

Autores como John Gray e Walter Riso em seus livros "Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus" e "Intimidades masculinas", alertaram: homens e mulheres são muito diferentes. Claro, isso não é um segredo: o problema é que dificilmente nos interessamos em conhecer a verdadeira natureza dos homens; de alguma forma os estigmatizamos com a frase "Todos são iguais", mas, mesmo que pareçam previsíveis, há muito para descobrir. Vamos ver o que os especialistas nos dizem:

Procuram uma amiga

Quem iria imaginar? Homens esperam encontrar uma mulher com quem possam tornar-se emocionalmente íntimos. Quero dizer uma mulher que os escute, que os entenda, uma mulher com quem eles não tenham medo de falar sobre qualquer assunto que seja. Aquela mulher que não reage impulsivamente, que entende sem julgar, que não interrompe para dizer "eu avisei", essa mulher os encanta. Os doutores Connell Cowan e Melvyn Kinder em seu livro "As mulheres que os homens amam, as mulheres que os homens deixam", enfatizam permanentemente sobre a amiga que sempre esperam encontrar, dizem que todos os homens têm desejos profundos, por mais escondidos que estejam, de companheirismo.

Adoram a mulher que brinca

Alguém que não tem medo que o rímel escorra por brincar com ele. Os homens são seres lúdicos por natureza, precisam se expressar como crianças. Então não tenha medo de parecer infantil, jogue bola com ele, um videogame, deixe que ele mostre sua criança interior e mostre a sua.

Querem uma mulher que tenha sua própria vida

Apesar de serem egocêntricos, paradoxalmente morrem por uma mulher que tem uma vida, que não gira ao redor da deles, mas que com amor e gentileza os fazem entender que eles são parte de sua vida, mas não toda.

Amam mulheres felizes

Ana Von Rebeur, psicóloga e escritora argentina, expressou em seu livro "Quem entende os homens", algo que me tocou profundamente sobre o que um homem espera de uma mulher, ela escreveu: "os homens só querem de uma mulher, que ela seja feliz". Então, procuram uma mulher que se ame e se aceite, que sabe claramente quais são suas limitações, mas que sabe tirar o maior proveito de seus pontos fortes, uma mulher que não faz de tudo uma tragédia.

Amam a essência da mulher

O que é melhor do que eles mesmos dizendo isso. Recentemente meu amigo me disse: "Eu amo mulheres femininas". Com isso ele quis dizer que eles amam nossa essência, amam o que nos diferencia deles, a capacidade de ser fortes sem deixar de lado a sutileza e a suavidade que nos caracteriza.

Odeiam choro que manipula

Minha conclusão pessoal é que odeiam sentir-se culpados e responsáveis pela nossa dor e sofrimento, por isso não suportam nossas lágrimas. Note que o choro é a expressão de um sentimento que pode ser dor, alegria, mas aqui eu me refiro ao choro que as mulheres usam como arma de controle e manipulação.

Amam mulheres que os apoiam e defendem em público

Uma mulher que nunca pense em humilhá-lo em público apesar dos problemas, essa mulher os encanta, faz eles se apaixonarem.

Traduzido e adaptado por Sarah Pierina do original ¿Por qué un esposo se enamora de otra mujer? Cuida que no te pase a ti.

Abrace o bebê chorão

Abrace o bebe chorão
 Café mãe
Maria Clara está com nove meses. Agora ela esteve aqui fora quase o mesmo tempo que ficou na minha barriga, quando nasceu às 41 semanas de gestação. E, apesar de ter ouvido que só haveria mais desafios à medida que ela crescesse, para mim ficou mais fácil.

Houve muitas coisas para as quais me alertaram antes de ela nascer, muitos palpites não solicitados que recebi a respeito de amamentação, sono, rotina, cuidados, entre outros, mas ninguém – nem mesmo minha mãe, que tem sido meu exemplo e minha fonte de informações – ninguém me avisou sobre como os primeiros meses são difíceis.

Aparentemente, é um pacto entre as mães: não se comenta muito sobre o choro, sobre as chamadas cólicas (que na maioria das vezes pouco têm a ver com cólicas propriamente ditas), sobre os momentos de olhar para o bebê e entrar numa espiral de pânico e desespero a respeito do que fazer. Talvez para não assustar as novas mães. Talvez porque, sabiamente, o mesmo mecanismo de amnésia infantil opere sobre os novos pais e mães: ninguém se lembra muito bem. As dificuldades são rapidamente recompensadas, cada momento de tensão logo desaparece para dar lugar ao infinito e repetido assombro de se ter gerado, gestado e dado à luz a uma nova pessoa, completa, inteira, tão separada e diferente de mim, tão dependente e idêntica ao mesmo tempo.

Mas ainda lembro. Ainda me lembro do quanto me senti confusa, do quanto o puerpério foi difícil, delicado, do quanto eu questionei estar à altura do desafio de cuidar de minha filha. De como o choro inconsolável me assustava, me paralisava, me fazia buscar soluções.

É que eu achava que o choro era ruim. Eu achava que o choro tinha que parar. E acho que é isso que aprendi: não precisa. Existem, sim, motivos para o choro: desconforto de temperatura, fome, fralda, refluxo, doença, sono. Mas existe o choro que não cessa após checar tudo o que pode estar errado. E esse choro, que pode durar horas até, esse choro não é errado. E se hoje eu pudesse rever esses dias de maternagem, talvez me preocupasse menor em silenciar o choro de minha filha e mais em acolher suas lágrimas. Talvez eu me focasse menos em ficar dizendo shhhh, balançando Clarinha de um lado pro outro do quarto, tentando todas as táticas de O bebê mais feliz do pedaço, de Harvey Karp, me sentindo incapaz de consolá-la, e decidisse aceitar o seu choro, sua voz, como eu procuro aceitar a de qualquer amigo que me procura em prantos. Entender que não se pode resolver a dor do outro, mas sempre se pode acolhê-la. E entender também que o choro às vezes não é dor, mas adaptação a esse mundo de sons, cheiros, luzes e pessoas, a que o bebê não está acostumado. Entender que, quando não se fala, não se balbucia e não se gesticula, só existe o choro como comunicação.

E quantas vezes as minhas tentativas de cessar o choro me impediram a verdadeira conexão com a minha filha? O quanto o simples ato de abraçá-la e permitir que ela chorasse o que precisava, sabendo que eu estava ali com ela, presente, integralmente presente, sem procurar distraí-la, teria sido tão ou mais eficiente do que tentar táticas, truques e feitiços para ela parar de chorar?

O quanto aquele choro não era um pedido por mais presença com intenção e coração, uma necessidade de dar um basta nas incômodas visitas pós-parto, um desejo de proximidade e o luto pela separação de não estar mais dentro de mim, segura e protegida? E o quanto aquele choro não era o meu próprio choro, o meu próprio luto, por ter de deixar para trás a pessoa que eu fora – pois a “antiga vida” não está esperando na esquina, pronta para ser retomada – para me metamorfosear na mãe de Maria Clara, muito mais que um papel, muito mais que uma função, mas uma nova forma de estar e ser no mundo. Com ela. Sempre.

Choro é emoção. Não quero ensinar a ela que o choro é errado. Que as emoções são erradas, que sentir é inadequado. O choro é normal. Eu sei disso, pois sou chorona. E sei o quanto é ruim ter meu choro invalidado, e sei o quanto é precioso ter por perto alguém que esteja calmo, presente e disponível para me ouvir. Nesses primeiros três, quatro meses de vida do bebê, se eu pudesse mudar alguma coisa, seria minha postura frente ao choro: depois de verificar possíveis desconfortos e dores, depois de excluir qualquer motivo que de fato pudesse ser solucionado, eu procuraria aceitar as lágrimas e abraçá-la. Confiando que, se houvesse algo de sério e realmente errado, eu saberia. E então simplesmente abraçar o bebê chorão. Permitir esse desabafo, esse extravasamento. Sem achar que eu estava fazendo algo de errado. Sem procurar culpados. Apenas abraçá-la. Estar inteira para ela, com ela.
Fonte: site Café Mãe

Criando gêmeos

Criando gêmeos
Não é porque eles nascem com pouco intervalo de tempo (e podem ou não ser idênticos) que irmãos gêmeos devem ser tratados como se fossem um só. Especialistas recomendam que a família estimule a individualidade de cada uma das crianças.

“Desde muito pequenas, o ideal é que tenham vidas próprias, pois, em casa, já será tudo muito misturado”, afirma Gisela Wajskop,  PhD em educação infantil, que, atualmente, desenvolve atividades de pós-doutorado como professora-visitante na Universidade de Toronto, no Canadá. Com “vida própria” Gisela quer dizer que, se possível, os gêmeos devem frequentar classes diferentes na escola, vestir roupas e ter brinquedos diferentes um do outro.

Confira essas e outras dicas e entenda os motivos de tratar gêmeos como qualquer dupla de irmãos, conforme recomenda Francisco Lembo, pediatra do Hospital Samaritano, de São Paulo.



Vestuário

Desde os primeiros dias de vida, procure não escolher roupas idênticas para os irmãos. “É importante que tanto a família quanto eles mesmos se enxerguem únicos. Isso também ajuda evitar confundir um com o outro e trocar os nomes”, afirma Lembo.

Quando bebês, os gêmeos podem compartilhar as mesmas roupas e ganhar presentes iguais, mas, com o passar do tempo, é mais interessante que cada um tenha suas peças e troque-as com o irmão se assim desejar.

Escola

Por conta da praticidade e também por se identificar com a linha pedagógica da instituição, muitos pais optam por ter os filhos –gêmeos ou não– na mesma escola. Não há problema nisso. Mas, no caso de gêmeos, estar na mesma sala não é recomendável. “Eles precisam vivenciar a individualidade, fazer amigos e não serem alvos de comparações, o que, certamente, pode acontecer nesse caso”, diz Gisela. No caso de crianças maiores que expressem o desejo de estar na mesma sala, vale uma conversa para entender a motivação e avaliar se é o caso de atender a vontade ou não, pesando os prós e os contras da decisão.

Amamentação

Algumas mães ficam aflitas por não conseguirem amamentar os gêmeos ao mesmo tempo, principalmente se um chora, enquanto o outro é alimentado. O pediatra Lembo explica que nã” Cada um deve ser atendido segundo suas necessidades no momento. Às vezes, é preciso que um espere um pouco para que o outro seja bem cuidado. Isso não quer dizer que um é mais querido do que o outro. Não faz sentido fazer tudo igual para os dois.”

Quarto

Tal como irmãos de idades diferentes, gêmeos podem ou não dormir no mesmo quarto. Essa decisão deve ser tomada pelos pais levando em conta o espaço físico disponível na casa da família, entre outras questões. O importante é ter claro que se trata de uma opção familiar. Terem nascido juntos não significa, necessariamente, que tenham de dividir o mesmo espaço.

Identificação

É comum que muita gente troque o nome das crianças, principalmente quando bebês. Para evitar esse tipo de desconforto, que confunde os pequenos e irrita os maiores, procure sempre deixar à vista algo no visual de cada um que os identifique bem, como acessórios e penteados diferentes.

Comparações

É importante evitar, ao máximo, falas e atitudes no sentido de igualar os irmãos. “Quando as pessoas insistem em cobrar que os dois ajam de forma igual ou gostem das mesmas coisas, dificultam que cada um deles se reconheça único e diferente do outro”, fala Iraní Tomiatto de Oliveira, coordenadora do curso de psicologia da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.

Se as crianças forem ouvidas em suas particularidades, de acordo com Gisela, certamente, cada uma delas desenvolverá talentos e habilidades diferentes. Assim acontece com quaisquer irmãos! Portanto, os pais devem prestar atenção para não fazer comparações. Eles devem buscar garantir espaços diferenciados com respeito ao jeito de cada um.

Presentes

Por fazerem aniversário juntos, nada mais natural que ambos ganhem presentes. No entanto, se maiores, é necessário pensar no gosto de cada um e não simplesmente comprar as mesmas coisas. No caso de bebês, de acordo com Iraní, tudo bem ofertar brinquedos iguais –assim eles não disputam a peça.

Amizades

Iraní recomenda que a família estimule que os gêmeos tenham um bom relacionamento entre eles, mas que também estabeleçam laços de amizades com outras crianças, para que eles não se fechem para o mundo. “A relação deles já é intensa por natureza, os dois compartilham coisas desde sempre. É interessante que tenham a possibilidade de construir a ideia de ‘eu sou eu e o outro é outro’, lidando com outras crianças”, afirma Iraní.



Fonte: http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2014/05/28/o-que-fazer-e-o-que-nao-fazer-na-criacao-de-filhos-gemeos.htm

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Onde estão as moedas? Joan Garriga Bacardi

Onde estão as Moedas?
Este conto apresenta de forma muito especial as chaves do vínculo entre pais e filhos.
Numa noite qualquer, uma pessoa, da qual não sabemos se é um homem ou uma mulher, teve um sonho, um sonho com os pais. Neste sonho seus pais apareciam e lhe davam algumas moedas, não sabemos quantas eram, se uma dúzia ou uma centena, nem de que metal eram feitas, se eram de ouro, de prata, de cobre, de ferro ou mesmo de argila. O sonhador as recebia de bom grado porque eram as moedas que seus pais lhe davam, eram as exatas que necessitava e merecia, para levar sua vida. Satisfeito agradeceu aos pais pelas moedas recebidas tomando-as por inteiro. E o sonhador termina a noite de sono tranqüilo, descansado e pleno. Ao amanhecer, desperta bem disposto e resoluto em ir à casa dos pais para comentar o sonho e agradecer as moedas recebidas. Indo até os pais, comenta o sonho e agradece as moedas recebidas, em profunda gratidão. Seus pais, vendo a atitude do filho, sentem-se grandes, ainda maiores e mais bondosos do que haviam sido e orgulhosos do filho. Dizem-lhe então: Estas moedas são para você, use-as como quiser e não precisa devolvê-las, são nossa herança para você. E este filho segue seu caminho satisfeito e pleno, capaz de enfrentar e vencer qualquer desafio, com a certeza de haver recebido as exatas moedas que necessitava e merecia de seus pais, suficientes para empreender sua caminhada. De tempos em tempos volta-se para trás, em direção à casa dos pais, e sente-se revigorado e pleno para seguir e realizar sua vida.

Acontece, que em outra noite qualquer, um outro sonhador tem um sonho parecido, que costuma acontecer com qualquer um de nós, mais cedo ou mais tarde, de ter um sonho com os pais. Neste sonho, o sonhador recebe dos seus pais algumas moedas, que não sabemos se uma dúzia, uma centena ou apenas umas tantas, nem de que metal eram feitas, se de ouro, de prata, de cobre, de ferro ou mesmo de argila. Mas este sonhador não aceita as moedas dos pais. Ele diz: Estas não são as moedas que necessito, preciso e mereço, por isto não as tomo e deixo-as com vocês. Se eu as tomasse minha vida se tornaria pesada e, portanto, fiquem com elas. E este sonhador segue pela noite intranqüilo, com o sono entrecortado e desperta muito cedo, cansado e ansioso por ir até a casa dos pais, contar-lhes a respeito do sonho. Lá chegando, diz aos pais sobre o sonho e que aquelas moedas não lhe interessam, que aquilo que eles tinham para ele não eram as moedas que ele necessita e merece, deixando-as portanto com eles. Os pais ouvindo isto, tornam-se ainda menores, humilhados, como costuma acontecer quando um filho não toma seus pais, seus ensinamentos e sua herança, tal como foi; e retiram-se para seu quarto. E este sonhador, tomado de uma estranha força, sente-se fortalecido e vingado, havendo acertado as contas com seus pais, e sai para a vida decidido a encontrar suas moedas, as que justo necessita e merece. Com alguém elas devem estar.

E tomado por esta força, estranhamente falsa, vai pela vida em busca de um parceiro, procurando pelas moedas que necessita e crê poderem estar com ele. As vezes tem a sorte de encontrar alguém e
mais sorte ainda desta relação durar algum tempo. Quando isto ocorre, com o passar do tempo o sonhador percebe que seu parceiro não tem as moedas que necessita e merece, e o relacionamento perde todo seu encanto, ficando para trás. E o sonhador segue em busca de outra pessoa que talvez, desta vez, tenha as suas moedas. E de relacionamento em relacionamento, segue em busca de suas moedas e desencantos, porque nenhum deles tem as moedas que necessita e merece.

Outras vezes, o sonhador tem um filho e, ao engravidar, cria a forte expectativa de que este filho terá as moedas que necessita e merece, e o aguarda ansioso e cheio de esperanças. Mas a vida é como é; os filhos crescem e seguem seus próprios caminhos, e tampouco eles tem as moedas que o pai ou a mãe procuram. E nesta busca incessante, o tempo vai passando até que o desespero toma conta: onde estarão minhas moedas, justo as que necessito e mereço para levar minha vida?

Então, algumas vezes, vão em busca de um terapeuta, na certeza de que eles sim saberão das moedas. Mas há dois tipos de terapeutas: um que acredita que tem as moedas que seu cliente procura; e outro que sabe que não as tem, mas está disposto a ajudá-lo a procurá-las. Quando tem a sorte ou a sabedoria de encontrar este segundo tipo de terapeuta, dá-se início a um processo de auto-consciência e aprendizado, onde o sonhador vai percebendo aspectos antes ignorados, apropriando-se de sua própria vida, pouco a pouco.Até que num belo dia o terapeuta se dá conta de que o sonhador já está pronto para saber onde estão suas moedas. E neste mesmo dia, não apenas por coincidência, o sonhador vem para a terapia e diz: Eu já sei onde estão as moedas. Ainda estão com os meus pais. E resoluto, empreende o retorno à casa dos pais, em busca das justas moedas que necessita e merece. Chegando à casa dos pais, arrependido e amadurecido, toma-os por inteiro, tal como foi, aceitando feliz e de bom grado as moedas que eles tem para si, exatamente as que precisa, necessita e merece para levar sua vida em plenitude.

E seus pais, reconhecidos e aceitos inteiramente pelo filho, tornam-se ainda maiores, mais dignos e responsáveis, podendo ser ainda mais generosos.E assim, o sonhador encontra seus caminhos, com a fortaleza da herança dos pais: agradecendo a vida recebida; dizendo sim a tudo, tal como foi, libertando-se de todas as mágoas, deixando as responsabilidades com quem de direito; e tomando sua própria vida em suas mãos, com a benção de seus pais, para que, agora possa buscar sua felicidade.